Xena após arrastar o seu algoz derrotado o
entrega a seus homens e ordena que ele seja lançado na masmorra do castelo; e
virando sobre os calcanhares e com extrema dificuldade ia montando em Argo
quando ouviu seu nome no meio do ruído do campo sendo pronunciado:
- Xena, venha, vamos para dentro dos muros,
faremos uma fogueira e terminaremos a noite como tantas outras noites de
batalhas que tivemos em campo...
Ao ouvir as palavras vindas, a mulher vira
com ira nos olhos encarando o homem que ousou as pronunciar, a voz e o tom
conhecido trouxe à conquistadora do mundo a repugnância. Ela sabia que
era Lugo, general traidor antes mesmo de encara-lo, e sabia também o que ele
queria remeter quando disse das outras batalhas que viveram; e chegando bem
próximo ao homem e segurando ele pega gola da túnica de soldado que levava seu
brasão no peito disse:
- Quem é você pra me chamar de Xena, seu
imundo? Pra você é Senhora Conquistadora! Você me dá nojo! - soltou aquele
homem com toda força ao chão chutando-lhe as costas, montou em sua égua e
partiu em disparada rumo ao sul de Corinto...
- Podíamos ter tudo Xena, eu e você... Por que
escolhes sempre o caminho mais difícil? - Dizia o homem em baixo tom no meio do
imenso escuro que se formou.
Afastado daquela escuridão, o emissário
enviado por Xena adentra o pátio de Corinto a toda pressa cortando os longos
corredores a passos largos buscando Nereu que guardava os aposentos da
conquistadora onde estava uma pequena criatura em pânico. Gabrielle
estava impaciente por ver o desenrolar da batalha, os homens rendidos ao exército
de Xena, uma infinidade de corpos estendidos. Embora não conseguisse enxergar
muito além dos muros devido a escuridão, os olhos verdes procuravam com loucura
encontrar Xena. Embora não entendesse, sentiu medo de não mais vê-la e o
simples fato do que disse antes de sair fazia seus olhos se encherem de lágrimas...
“Mesmo que me veja morrer lá embaixo”..., seu pensamento foi cortado
quando o general de Xena entrou abruptamente pela porta do recinto.
- Vamos menina, rápido, preciso tirar você
daqui!
- Mas o que esta acontecendo?
- Não tenho explicações a dar, VAMOS!
Nereu não gostava de portar-se dessa forma,
mas não conseguia entender o porquê deveria bater em retirada com a escrava
se o exército havia se rendido e estava tudo sob controle, Não era
capaz também de não cumprir uma ordem de Xena e saiu dos aposentos arrastando a
pequena escrava. Gabrielle fora tomada pelo pânico quando se viu fora dos muros
de Corinto sendo levada por um general a um lugar que sequer sabia onde e
tão pouco os motivos.
“O que está acontecendo? Onde está
ela?”
Meia marca de vela havia se passado e o choro
agora banhava o rosto da pequena escrava em meio à escuridão, o choro copioso
era um misto de angústia, dor e medo. Gabrielle estava montada em um cavalo na
sela junto do soldado encarregado do destino dela, embora ninguém soubesse a
pequena nutria um medo incalculável dessa montaria e não era ninguém pra dizer
o pavor que sentia. Esse medo era infinitamente menor que a esmagadora
sensação de não saber onde estava Xena e o que lhe aconteceria a seguir. A
lembrança das palavras de Mira tomavam Gabrielle enquanto cortavam a
escuridão e o frio da noite:
“... cuide do que despertou nela”
A agonia de Gabrielle não durou em muito para
findar, ao longe em meio ao breu da noite pode ver um pequeno ponto de luz,
sabia que não adiantaria em nada perguntar ao homem onde estava e por que iam
ao meio do nada tão tarde.
“eu só queria estar lá como ela disse quando
ela voltasse”... “ela ia voltar não ia?”
O Cavalo sessou o trote e em um piscar de
olhos o soldado estava de pé no chão desmontando Gabrielle. Embora fosse no
meio do nada, o que viu a sua frente foi uma cabana de madeira bem montada com
uma pequena iluminação que provavelmente vinha de uma tocha no interior do
recinto.
- Ouça, não precisa chorar, eu só a
trouxe aqui para sua própria segurança conforme me foi ordenado, o castelo
talvez não seja seguro.
- Como se aqui sozinha no meio do nada fosse,
nem fugir eu consigo...
- Mesmo se conseguisse você não irá fugir
Gabrielle.
Ao ouvir a voz vinda do fundo da cabana,
Gabrielle quase desfalece ao reconhecer aquele tom imponente.
- Ela está aqui? Mas... Hum... Porque eu...
- A senhora conquistadora por acaso explica
algo a alguém?
Com um sorriso nos lábios, o forte
homem monta seu cavalo e sai em galope sumindo na escuridão em seguida.
Gabrielle se enche de coragem e para na
porta ao encontrar o azul dos olhos de Xena.
- Acaso viu um fantasma?
- Não senhora... É que... É... Hum... É...
O som do sorriso da morena entrecorta o
embaraço da escrava tomada pelo susto. Sorriso aquele que tira de Xena um
gemido de dor ao se voltar ao corte fundo que tinha na coxa esquerda.
- Pelas bolas de Ares, aiii!!... Eu te corto
a língua se disseres a alguém que eu reclamo de um ferimentozinho bobo.
Gabrielle se aproxima de Xena com um mundo de
coisas a perguntar, mas ao ver o corte na perna da guerreira dispara em um tom
ousado:
- A senhora tem talento de se ferir com constância.
Eu entendi tudo, precisa de cuidados...
Xena percebeu certa frustração nas palavras
da pequena e resolveu alimentar a situação:
- Claro, por que mais haveria de trazê-la tão
longe?
- Hum, não sei.
Os olhos de Gabrielle param nos azuis, e as
pequenas e suaves mãos da escrava pressionam o ferimento. E rasgando
parte de sua surrada túnica, a escrava se põe a limpar o ferimento da
guerreira. Xena sentia uma dor insuportável, mas era catalisada pelo toque tão
suave da escrava que não tardou muito em ter o ferimento isolado e limpo
mesmo nas precárias condições do ambiente em que se encontravam. O trabalho
quase terminado foi interrompido...
- Gabrielle, escute, eu não trouxe você aqui
pra emendar minha perna depois de eu quase tê-la partida.
- Eu não entendo, é que eu...
A Guerreira ergue um pouco mais seu corpo que
estava até então recostado em peles perto da lareira unindo os seus lábios aos
da escrava... O beijo foi correspondido com total entrega, as línguas se
procurando com urgência, as pequenas mãos agora entrelaçadas nos fios negros da
guerreira na altura de sua nuca, e Xena pode sentir mais uma vez o leve puxão
em seu cabelo e já sem conseguir controlar o desejo que há tempos a atormentava,
geme na boca da escrava:
- Gabrielle eu quero você...
- Humm, aii... Xena, eu não posso...
Sem parar o beijo, em meio a mordidas no
lábio da pequena... - Não pode e me beija desse jeito?
Gabrielle interrompe o beijo, e olhando nos
olhos azuis que tanto a fascinavam entrega todos os seus inconfessáveis medos à
guerreira:
- Eu quero, lembra? Eu também sinto.
Sem tirar os olhos daquela boca Xena
diz: - Lembro, e foi o que me fez trazê-la aqui, mas eu não entendo...
- Eu também não entendo nada a que se refere
a você senhora.
- Pare de me chamar de senhora, me chame de
Xena. - Dizia a guerreira com um olhar perturbador em direção aos lábios da
escrava.
- Xena, você me confunde, você me faz sentir
coisas que nunca senti... E um medo apavorante também.
- Você tem medo de mim?
- Não, eu tenho medo de mim.
- Medo de você? Pelos Deuses, Gabrielle, eu
não tenho talento pra adivinhações.
- Eu tenho medo de mim, de me deixar levar
por você, pelo que sinto.
Agora era Gabrielle que teve sua nuca
invadida pelas mãos da guerreira levando seu rosto bem próximo ao dela, lábios
quase se tocando.
- E o que você sente? O que você quer dizer
com “eu sinto também?”.
Os olhos de Gabrielle nos lábios de Xena, os
olhos de Xena nos olhos de Gabrielle.
- Você me confunde, eu me preocupo, eu quero
bem, eu quero perto...
- Se quer perto, que tártaro que te impede?
- O medo de afastar você... De ser a próxima
Melina.
- Shhhiiii... Se fosse para ser como Melina
jamais seria assim. Gabrielle olhe pra mim... Melina foi minha escrava de corpo.
- E eu sou sua escrava Xena, o que me difere
dela é o simples fato de não ter me usado ainda.
- Eu não vou usar você, eu quero que você
também queira.
Os olhos ardiam de desejo, Xena já não
evitava, e Gabrielle já não podia mais evitar e leva os lábios ao ouvido da
guerreira:
- Eu também sinto e... Deuses, eu também
quero! Aiiiiin... Ahnnn... - e mordendo o pescoço da guerreira... – Xena, eu
preciso...
Xena já tinha seu ventre banhado pelo desejo,
morde o pescoço da menor e puxando para que se encarem.
- Você vai ser minha MULHER, você não é
minha puta de cama, você é meu desejo, minha paixão.
As palavras foram interrompidas pela boca da menor,
as línguas se encontram em choque, mordidas, sussurros, gemidos, e os lábios de
Xena começam a fazer o contorno do pescoço da loira que já estava entregue.
Desceu os lábios mordendo, chupando e arrancando gemidos perturbadores da
escrava que tinha as unhas roçando o pescoço da morena. Tudo era desejo,
as fortes mãos da conquistadora, rasgam a túnica simples desnudando o corpo que
tanto desejava. Os seios perfeitos e bem desenhados da escrava a frente dos
olhos azuis falava no centro de Xena que abocanhou um, depois outro, lambia e
chupava com avidez, entre gemidos lambia os bicos rosados e rígidos, e os
gemidos de Gabrielle estavam enlouquecedores.
- Aiiii, annh, Xena...
A boca percorria todo o caminho em direção ao
centro da escrava com deleite, o toque era suave e intenso, o calor dos lábios
de Xena queimava a pele de Gabrielle onde tocava, Xena queria tudo, Gabrielle
daria tudo.
- Aiii minha loirinha, abre as pernas pra
mim?
Tudo que se ouviu ali e ao longe foram
gemidos.
A pequena já estava entregue à loucura de ser
tomada como mulher da mais temida das mulheres. Gabrielle não controlava mais
seu corpo, queria ser possuída, queria causar em Xena tudo que dela
recebia.
No meio daquelas pernas arreganhadas, vendo-a
entregue, Xena se perde na visão das pernas banhadas pelo desejo de Gabrielle.
- Aii, como está molhada...
Sem resistir, Xena envia a língua ao centro
da mulher que agora era sua e sem conseguir segurar a forte onda de prazer que
tomava seu corpo chupava intensamente o clitóris rijo, mamava e lambia aquela
região encharcada pelo prazer. Enviou a gruta molhada e quente da menina a
língua, levando Gabrielle à loucura.
- Aiii, mais...
Sem controlar o próprio prazer, Xena sente
seu centro quente molhar ainda mais. O prazer da guerreira escorrendo entre
suas pernas enquanto ela bebia cada gota de Gabrielle, e, sem conseguir evitar,
gemendo, gritando explode num gozo a muito contido levando junto o prazer da
pequena que banha a boca da guerreira com um gozo intenso...
Olhos verdes encontram os azuis...
Lábios molhados encontram uma boca sedenta...
Tudo que Gabrielle consegue dizer:
- O que você fez comigo, Xena?
- AMOR.